A merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, 54 anos, contou que ajudou a esconder 50 estudantes na cozinha durante ataque que matou alunos e um funcionário da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Ao menos 10 morreram.
A merendeira disse que os funcionários fizeram barricada com geladeira e freezer. Mesa foi usada como escudo. “Nós estávamos servindo merenda e aí começou os ‘pipoco’ e as crianças entraram em pânico. Abrimos a cozinha e começamos a colocar o maior número de crianças dentro e fechamos tudo e pedimos para eles deitarem no chão”, conta chorando.
“Foi muito desesperador, porque foi muito tiro, muito tiro mesmo e era muito pânico”, contou. Silmara ainda diz que os assassinos pareciam andar por todo lado. “Parecia que procuravam alguém. Iam para lá e para cá atirando muito. Nós não vimos nada. A gente abaixou e ficou escutando o movimento. Isso durou te 10 a 15 minutos mais ou menos”, diz. A merendeira diz que quando já tinha cerca de 50 alunos na cozinha foi preciso trancar a porta.
“Porque eles estavam próximos e a cozinha é rodeada de janela. A gente deitou no chão e nós não vimos nada com medo que atirassem. Mas graças a Deus nada aconteceu com quem não estava lá. Eu arrastei a geladeira e o freezer para fazer uma barricada e ficamos atrás. A mesa viramos e fizemos um escudo para proteger as crianças. Ficamos acuados em um canto só, se acontecesse alguma coisa ele ia pegar muita gente”, conta. Jornal da Chapada com informações de G1.