O Dia Mundial da Água mobiliza, nesta sexta-feira (22), ativistas em todos os estados brasileiros e chama a atenção para dois grandes desastres que culminaram na morte de dois importantes rios do Brasil: o Rio Doce (com o rompimento da barragem de rejeitos em Mariana) e o Rio Paraopeba (com a tragédia em Brumadinho) – os dois casos aconteceram em Minas Gerais. O deputado estadual Marcelo Veiga (PSB) chama a atenção para ambas as calamidades e cita que na Bahia é preciso mais políticas de acesso ao recurso natural. O tema ‘Água para Todos’ será o foco das manifestações deste 22 de março. “São tragédias que não podem ser esquecidas, quase quatro centenas de pessoas morreram e milhares ficaram sem sua maior fonte de renda que era decorrente desses rios”.
Marcelo Veiga lembra das dificuldades de vazão de alguns mananciais na Bahia, como o Rio Utinga, na Chapada Diamantina. Ele ainda destaca sua contribuição como diretor da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). “Fui diretor da Embasa e despertei um sentimento de absoluta proteção a esse elemento tão importante para a vida humana, sobrevivência de animais e vegetais no planeta. Nós estamos tão habituados com a presença da água que só damos conta da sua importância quando ela falta. A água está diretamente ligada à agricultura familiar, uma das maiores fontes de renda do Estado baiano. E o recurso é um direito de todos e precisamos cuidar dos nossos rios”, salienta o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
O Dia Mundial da Água foi instituído via Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de uma resolução de 21 de fevereiro de 1993, determinando que o 22 de março fosse a data oficial. Esse dia foi criado com o objetivo de alertar a população mundial sobre a importância da preservação da água. “A compreensão sobre a importância da redução do uso deste recurso natural é uma das principais metas de organizações. O acesso à água e ao saneamento são direitos fundamentais. Entretanto, mais de dois bilhões de pessoas não dispõem dos serviços básicos, segundo aponta relatório da ONU. O Brasil tem 12% da água doce mundial, mas o maior percentual está distribuído na região norte do país”, finaliza o deputado.