Um projeto de lei que tramita na Câmara de Salvador, de autoria do vereador e vice-líder da oposição, Luiz Carlos Suíca (PT), sugere que a Escola Municipal do Vale do Engenho Velho da Federação passe a ter o nome de Makota Valdina. A peça foi apresentada na Casa Legislativa nesta quarta-feira (27). A educadora, líder religiosa e militante do movimento negro recebe a homenagem pelos serviços prestados a Salvador e a Bahia, segundo comenta Suíca. Makota Valdina era uma ativista pela igualdade de direitos e referência na preservação e valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro.
“Sempre ligada aos jovens e à educação, Makota teve como missão em vida disseminar conhecimento. Desde 1960, ela atuava com ações sociais, contra a intolerância religiosa e lutava por respeito. Me faltam palavras para descrever a importância de eternizar esse símbolo de força e resistência na cidade de Salvador”, declara o edil petista em redes sociais. “É uma homenagem a uma grande educadora, que contribuiu com propostas educacionais e que defendia a diversidade cultural”, completa.
A educadora via com bons olhos os novos tempos e apontava alguns avanços no combate ao racismo. “O fato da sociedade parar para discutir e admitir que existe racismo já é um avanço. Poder discutir isso com as instâncias governamentais, e ainda ter uma lei que obriga o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas, também é avanço. Mas ainda temos muito chão a percorrer”, afirmou Makota Valdina em entrevista.
Valdina de Oliveira Pinto, mais conhecida como Makota Valdina, faleceu no dia 19 de março de 2019 e teve sua vida pautada na educação. Conforme informações, ela teria dado entrada em uma unidade hospitalar de Salvador com dores causadas por pedras no rim, mas durante a internação foi constatada um abscesso no fígado e Makota sofreu uma parada cardiorrespiratória, entrou em coma e não resistiu.