Um dos parlamentares estaduais mais votados na Chapada Diamantina, Marcelo Veiga (PSB) diz que o dia que se celebra as belezas naturais e culturais da região deve ser também um momento para pensar ações de preservação da natureza e democratização da água. O 11 de abril, instituído em 2017 por meio de lei sancionada pelo governador Rui Costa (PT), é homenageado em diferentes esferas do poder devido à sua importância para a Bahia. Para o deputado, a Chapada tem um potencial hídrico que precisa de atenção especial, tanto que uma audiência pública está marcada para o dia 15 de maio para tratar do Rio Utinga, que tem nascente no povoado de Cabeceira do Rio e abastece ao menos quatro municípios da região
“Temos rios importantes, nascentes de água que precisam ser preservadas, como o Rio Utinga, o Paraguaçu, o Santo Antônio, e tantos outros que são atingidos pela monocultura, que perdem vazão por causa do processo perverso de irrigação e poluição”, salienta. O deputado do PSB ainda diz que a região é de um potencial turístico imensurável e que é também necessário qualificar as trilhas, acessos e estradas. “A Chapada Diamantina não pode ter estradas deterioradas. É preciso fazer fluir o turismo para gerar emprego e renda para a população, além de sistemas de abastecimento de água para o campo, ajudando na produção de alimento da agricultura familiar”, aponta.
Para Marcelo Veiga, inúmeros municípios onde foi votado, como Utinga, Boa Vista do Tupim, Itaetê, Wagner, Itaberaba, Iramaia, são potencialmente agrícolas e que se faz necessário um curso profissionalizante na área de agronomia. Ele defende a tese do prefeito de Utinga, Joyuson Vieira, de que a região já passou do tempo de ter formações para qualificação a produção e ações de assistência técnica. “É óbvio que a Chapada precisa de uma unidade de ensino para qualificar o trabalhador do campo, o jovem empreendedor, o empresário, a ativista, a guia, o lavrador. Educação deve ser universal, deve chegar para todos de forma que eleve conhecimento e desenvolva novas estratégias de convivência e políticas públicas”.