Artistas de diferentes regiões da Bahia se encontram na primeira noite do Festival de Música Regional da Chapada Diamantina, realizado no município de Nova Redenção, na última sexta-feira (27). São 24 músicos selecionados e os primeiros 12 elevaram o nível da competição com canções e melodias que embalaram a noite fria na cidade chapadeira. Essa parte do evento foi completada com o show de Pereira da Viola, que trouxe um pouco mais de cantoria e moda de viola para o público. O festival entra em seu segundo dia neste sábado (27) com mais 12 apresentações e shows de Marcelo Fonseca e Dani Lasalvia.
Entre os 24 escolhidos para apresentar canções, até quatro poderão ficar com prêmios em dinheiro oferecidos pela comissão organizadora via prefeitura municipal. O primeiro colocado ficará com R$7 mil, o segundo com R$3 mil e a terceira colocação tem o prêmio de R$ 2 mil. Além disso, os compositores participarão de disputa para ganhar também R$2 mil pela melhor letra. Para a prefeita de Nova Redenção, Guilma Soares (PT), o festival resgata a cultura sertaneja, envolve a população e serve como ferramenta transformadora da realidade.
“Primeiro, é preciso lembrar que todo o quadro de servidores atuou para a excelência desse festival. Estrutura de palco, sonora, ornamentação e todos os detalhes foram pensados para que o evento fosse ainda melhor que o de 2018. É dessa forma que nossa gestão busca aprimorar atividades que envolvam cultura e arte. Existe uma história sendo contada e a gente precisa ouvir o som que vem das ruas”, salienta Guilma Soares em entrevista ao Jornal da Chapada.
Com um corpo de jurados composto por profissionais de comunicação e músicos, como Gilton Della Cella, o festival teve ainda sua versão informal com cantoria e poesia. Gilton se uniu ao ex-prefeito de Nova Redenção Ivan Soares e ao cantador Pereira da Viola. Os três trouxeram canções que já marcaram antigos festivais. Conforme Ivan, esse processo de resgate cultural com festivais e diferentes atividades artísticas é fundamental para “aguçar o senso crítico” da população.
“Um povo sem cultura, sem educação é facilmente manipulado. Precisamos criar ferramentas e meios para que o povo seja parte do processo e não viva à margem e o festival é uma dessas estratégias. É nele que conhecemos e revelamos novos artistas. Novos críticos, que ajudam na formação de opinião e na construção da história da Chapada Diamantina, da Bahia e do Brasil. Isso é muito importante. Os festivais são também ferramentas de resistência ao governo federal que vem retirando direitos de trabalhadores e jogando o povo à própria sorte”, completa Ivan.
Jornal da Chapada
Show de Pereira da Viola
Mais imagens do Festival de Música Regional