O vice-líder da oposição na Câmara de Salvador, vereador Luiz Carlos Suíca (PT), voltou a criticar a reforma da Previdência – proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) – nesta quarta-feira (1º). Na data em que se celebra o Dia do Trabalhador (a), o petista esteve em atividade no bairro de Pernambués, que homenageou o padroeiro dos trabalhadores, São José Operário, e disse que a gestão federal “quer acabar com a Previdência”. De acordo com o vereador, os trabalhadores devem se unir e ir para as ruas ampliar as trincheiras pela liberdade de Lula. Suíca salienta que a proposta, se for aprovada, vai dificultar ainda mais o acesso da população pobre ao direito previdenciário.
“O povo quer a liberdade de Lula, o único presidente que olhou para os pobres. E o único que pode unir o país de novo. Ninguém aguenta mais esse bando de malucos no governo. A reforma da previdência, por exemplo, aumenta em cinco anos o tempo de contribuição, passa de 15 para 20. E as mulheres terão de trabalhar mais, tanto na questão de aposentadoria por tempo de contribuição quanto por idade. O trabalhador que contribuir pelo tempo [20 anos] terá renda igual a 60% da média de todos os salários de contribuição. A partir de 20 anos de contribuição, o benefício sobe 2% ao ano. Portanto, para ter direito a 100% dos salários, terá que contribuir por 40 anos. Isso não é razoável, não é admissível”, destaca Suíca.
O vereador petista destaca que Bolsonaro ofereceu cerca de R$ 40 milhões em emendas para cada deputado que votar a favor da medida. “Não consigo entender onde está a nova política. E não consigo compreender como é que um país, que todo mundo do governo diz que está quebrado, pode disponibilizar quase um bilhão em propina para parlamentares aprovarem medidas. Isso é crime de responsabilidade e dos mais descarados. Deveriam tomar vergonha na cara e, ao invés de entregar o povo à própria sorte, taxar os ricos que detém as fortunas e sonegam impostos e previdências dos trabalhadores”.