Um ato contra os cortes em universidades federais marcou o início da semana em Salvador. Milhares de estudantes tomaram as ruas na região da Reitoria da Ufba no Canela e receberam parlamentares que apoiam a manifestação. Um deles, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) reafirmou sua posição a favor do movimento e voltou a criticar o corte de 30% em recursos do governo federal na Ufba. Assunção defendeu maior investimento nas unidades federais, tanto universidades quanto institutos, pediu reação imediata da sociedade contra as medidas retrógradas do governo Bolsonaro e convocou para a greve geral do dia 14 de junho, organizada pelas centrais sindicais.
“Sabemos que foi justamente a capacidade dessa mobilização dos estudantes, professores e de toda comunidade baiana e brasileira que nos anos 80 lutamos contra a Ditadura Militar e iniciamos a revolução com a democracia. Hoje, o governo Bolsonaro quer retroceder, porque enquanto ele corta os recursos da Universidade Federal da Bahia, quando paralisa a demarcação das terras indígenas, paralisa a desapropriação de terra, diminui o salário mínimo, aumenta o gás, ou seja, quando diz que não temos oportunidade, nós temos que reagir. E a reação é em defesa da universidade, da reforma agrária, das terras indígenas e em defesa da educação do estado brasileiro”, salienta Valmir, ao lado do deputado estadual Mário Jacó (PT) e de dirigentes sindicais como o vice-presidente da Sindicato dos Professores das Instituições Federais (Apub), Emanuel Lins Freire (Balalaika).
Assunção também esteve com dirigentes estudantis do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufba, como o presidente José Neto (Tifany), além da diretora de Movimentos Sociais da União dos Estudantes do Bahia (UEB), Rafaella Rios, e representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Para o federal petista, não há dúvida que os movimentos sociais e os estudantes são aliados nesta luta contra o governo e seus cortes.
“Estaremos lado a lado de cada um de vocês. No dia 14 de junho vai ter a greve geral, que será o momento fundamental para todos nós. E eu, sei que já me falaram aqui sobre a Uneb, juntamente com outros deputados iremos ao governo do estado. Tem que haver negociação com os professores da Uneb, porque não podemos repetir na Bahia o mesmo método do governo federal, isso não podemos aceitar. Por isso juntos estaremos defendendo a universidade federal, a universidade do estado e a democracia”, completa.