O artigo informando que o corte de verbas para as universidades públicas ocorreu porque “as universidades não conseguiram comprovar de que forma foram usados 30% dos recursos recebidos nos últimos anos”, publicado na internet pelo site ‘Jornal da Cidade Online’, com mais de 38 mil compartilhamentos nas redes e que também circula no WhatsApp é falso.
Ao anunciar a medida, o MEC explicou, em nota, que os cortes fazem parte de uma “restrição orçamentária imposta a toda a Administração Pública Federal por meio do Decreto n° 9.741, de 28 de março de 2019”. E que “o bloqueio decorre da necessidade de o governo federal se adequar ao disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, meta de resultado primário e teto de gastos.” Não menciona, portanto, qualquer desvio de verbas cometido pelas instituições.
O ministério afirmou, ainda, que “o critério utilizado para o bloqueio de dotação orçamentária foi operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos”. A intenção do bloqueio, explica a pasta, é evitar que qualquer obra ou ação seja conduzida a partir do segundo semestre sem que haja “previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas”.
Em entrevista à apresentadora Luciana Gimenez, veiculada na última terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro declarou que “ninguém vai cortar dinheiro por prazer. Para algumas universidades, que formam militantes apenas, talvez o corte seja um pouquinho maior”. Na manhã seguinte, porém, seu filho Carlos Bolsonaro escreveu no Twitter: “É extremamente importante frisarmos que os cortes e remanejamentos feitos nos ministérios não têm cunho político ideológico algum”.
O artigo do ‘Jornal da Cidade Online’ também minimiza os impactos dos cortes ao dizer que “professor federal é concursado, então o salário dele está garantido, as bolsas para estudantes também estão garantidas”. Jornal da Chapada com informações de O Globo.