Figura importante do cenário cultural não só do Estado, mas de toda região nordeste do Brasil, o vaqueiro está cada vez mais próximo de ganhar um dia para ser homenageado no calendário local, sempre no último domingo do mês de agosto. A Comissão da Educação da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovou o projeto do líder do PSD na Casa, deputado estadual Alex da Piatã (PSD). A expectativa do parlamentar é ver o texto em deliberação no plenário da Alba ainda neste ano.
“É um projeto importante que valoriza aqueles que com muito suor tocam o progresso de várias regiões do interior da Bahia. Agradeço aos meus colegas da comissão por terem aprovado o dia do Vaqueiro”, disse. Protocolada em 2015, a proposição, no ano retrasado, foi aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ).
“Ser vaqueiro não representa um simples hábito em determinadas ocasiões. Ser vaqueiro não é um costume do homem sertanejo, é um estilo de vida que esses homens carregam por toda sua trajetória, dando continuidade a herança enraizada por seus pais e avôs, cuidando do gado, da caatinga, fiscalizando fazendas e auxiliando, inclusive, na agricultura de subsistência.”, justificou o deputado ao comentar a proposição.
O pessedista classifica o registro como fundamental para valorização da figura histórica, tradicional e cultural, visto que várias cidades do interior baiano realizam festas de vaquejadas e de vaqueiros. Alex, inclusive, é frequentador e apoiador de diversos festejos da chamada “vaqueirama”. “O trabalho é árduo e contínuo e eles [vaqueiros] se sentem felizes e orgulhosos do que fazem”, ressaltou.
Patrimônio imaterial
Desde 2011, a figura do vaqueiro foi transformada em um patrimônio imaterial da Bahia, através da sanção do Decreto n° 13.150, pelo então governador Jaques Wagner (PT), na inserção do Livro de Registro Especial dos Saberes e Modos de Fazer o Ofício de Vaqueiro em ação vinculada ao o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). As informações são de assessoria.