“Processo político, ilegal e criminoso que evitou que o PT voltasse a eleger um presidente. Todos nós sabemos que o ex-presidente Lula é alvo de uma organização criminosa que utiliza prerrogativas do judiciário para punir inocentes e criar o caos no país”. A fala é do vereador e vice-líder da oposição na Câmara de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), que se pronunciou sobre a suposta atuação ilícita do então juiz federal Sérgio Moro e do procurador do Ministério Público (MPF) Deltan Dallagnol contra Lula e o PT na operação Lava Jato. Nesta segunda-feira (10), durante pronunciamento na Casa Legislativa, o edil petista lembrou que é preciso que a população brasileira tome as ruas para além da reforma da Previdência.
“Não podemos pedir somente que não aprovem a reforma previdenciária, precisamos pedir que liberte Lula imediatamente também. Moro hoje é ministro da Justiça de Bolsonaro, que ele ajudou a eleger condenando Lula”. Para Suíca, é um absurdo o esquema montado para prejudicar o PT e o então candidato Fernando Haddad – “que poderia ter sido eleito presidente em 2018”. Segundo o vereador, existem mais provas que convicções contra Moro e Dallagnol nas matérias do site The Intercept Brasil. “Já no processo de Lula existem mais convicções que provas. Diálogo escancarado que evidencia a colaboração inconstitucional entre o então juiz Moro e o procurador Dallagnol”, completa.
Suíca fundamenta dizendo que as reportagens mostram que os procuradores agiram como partidários e políticos, o que não cabe nessa função dentro do órgão federal. “Eles atuaram por convicções ideológicas e focaram em evitar que o PT retornasse ao poder na eleição de 2018, pois sabiam que Lula ganharia em primeiro turno. O povo foi enganado. Precisamos dizer isso, o povo não teve chance de eleger quem queria. Lula era quem deveria ser presidente, ou ajudado a eleger Haddad. Moro buscou inverter até fases da operação Lava Jato para favorecer a condenação de Lula. Isso é inadmissível! E ainda levou outras pessoas a cometerem as mesmas ilicitudes que ele, vergonhoso”.