Assessores da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro foram alvo de uma polêmica esta semana. É que eles estavam utilizando ingressos dos jogos da primeira fase da Copa América, no Maracanã, em vez de enviar todos os tíquetes para alunos da rede estadual, como foi anunciado pelo governo do Rio. A secretaria recebeu 4 mil ingressos do Comitê Organizador da Copa América e o alto escalão da pasta se aproveitou disso. A subsecretária de Gestão de Ensino, Cláudia Mattos Raybolt, e a superintendente de Gestão das Regionais Pedagógicas, Maria Verônica da Silva Ferreira, receberam ingressos do governo e, assim como outros assessores da pasta, também foram ao estádio de graça.
Em foto publicada nas redes sociais, as servidoras, que recebem salários de R$ 17,5 mil e R$ 20 mil, aparecem com assessores da secretaria no jogo entre Paraguai e Qatar e cujo ingresso foi vendido a R$ 350. No registro, nenhum deles utiliza crachá da Secretaria de Educação ou qualquer identificação que faça referência à pasta ou ao fato de estarem trabalhando. “Mais alunos e professores poderiam ter recebido ingressos se a secretaria não tivesse contemplado o pessoal do alto escalão da pasta”, disse um professor da rede que preferiu não se identificar.
O titular da pasta, Pedro Fernandes foi procurado pelo jornal O Globo e defendeu a ida das servidoras ao Maracanã. “Não é correto dizer que a secretaria deixou de dar ingresso a alunos para dar a funcionários. As servidoras citadas na matéria nem gostam de futebol e foram ao Maracanã por determinação minha. Se o professor de alguma turma faltasse, elas é que teriam que tomar conta dos alunos daquela turma. Elas estavam ali trabalhando”, argumentou. Jornal da Chapada com informações do site do jornal O Globo.