Algumas contas do Twitter que desencadearam uma campanha pedindo a deportação do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, de volta para os EUA são suspeitas de comportamento automatizado, com atuação de perfis falsos e robôs, disse a empresa de pesquisas DFRLab. A campanha de protesto usou várias hashtags e, entre elas, uma das mais populares (#DeportaGreenwald).
No dia 9 de junho, o site The Intercept Brasil, co-fundado por Greenwald, publicou uma reportagem revelando conversas vazadas de um app de mensagens, em que diálogos trocados entre o ex-juiz Sérgio Moro e o promotor público Deltan Dallagnol demonstravam condutas conspiratórias para incriminar e acelerar a prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, dentre outras ilegalidades na condução da Operação Lava Jato.
A DRFLab constatou que a conta postava uma média de 577 tweets por dia, sendo que a empresa já considera acima de 144 tweets diários como altamente suspeito. Somente no dia 2 de junho foram 1.700 posts.
O estudo concluiu que, embora a campanha tenha surgido com os bots, grande parte dos retweets foi feito por usuários reais do Twitter. Um dado interessante é que o primeiro e o terceiro posts mais populares eram exatamente contra a campanha, sendo que um deles citava que as “milícias digitais” a favor de “calar” Greenwald são as mesmas que criticam a falta de liberdade de expressão na Venezuela. Jornal da Chapada com informações de Terra.