O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer editar, no próximo mês, uma medida provisória que altera o ‘Programa Mais Médicos’ e reincorporar os profissionais cubanos, de acordo com reportagem do Estadão. Eles saíram do programa em novembro de 2018 com o rompimento do acordo de colaboração entre Brasil e Cuba. A ideia é de que os profissionais do país caribenho voltem a trabalhar na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) por um período de dois anos.
Depois desse prazo, eles devem revalidar o diploma. A estimativa é de que dois mil dos oito mil profissionais que vieram para o Brasil continuaram aqui depois do fim do acordo, muitos na esperança de serem readmitidos no SUS. Apenas 700 médicos tiveram a situação regularizada, porque se casaram com brasileiros. Somente os cubanos que trabalharam no Mais Médicos e permaneceram no país teriam direito à reincorporação, por meio de um credenciamento.
O esboço da nova proposta para o programa deverá ser apresentado a parlamentares nesta semana. O cronograma prevê também conversas com secretários estaduais e municipais de Saúde. A meta é ter um projeto bem definido, que não dê margem a desgastes e tenha uma tramitação rápida no Congresso Nacional.
Embora boa parte da proposta já esteja alinhavada, há ainda alguns pontos a ser definidos. Entre eles está o novo nome do programa. A avaliação no governo é de que o Mais Médicos se transformou em uma marca do governo de Dilma Rousseff. As informações são do Estadão.