O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) reforçou o movimento por defesa da democracia, da liberdade do ex-presidente Lula e contra os cortes no orçamento do governo de Jair Bolsonaro (PSL) durante protestos, nesta terça (13) e quarta-feira (14), em Brasília. Em discurso inflamado, o parlamentar baiano levou a pauta dos movimentos sociais, sindicais, de estudantes, mulheres e povos indígenas para o plenário da Câmara e foi surpreendido por um discurso, segundo ele, “montado por parlamentares da base de Bolsonaro para tentar enfraquecer os protestos”, justificar os cortes e a reforma da Previdência. Assunção rebateu o discurso e ironizou a afirmação da base política do presidente que “ser empresário é a coisa mais difícil que se tem no Brasil”.
“O mais difícil no país é ser trabalhador rural, trabalhador urbano, é ganhar um salário mínimo, é ser aposentado e ganhar um salário mínimo, depois de 60 e 70 anos e saber que não vai ter condições de se aposentar por conta dos deputados que aqui se venderam”. Um vídeo divulgado pelo deputado em seus canais na internet, monstra Valmir dizendo que “é necessário lutar pelas causas do povo”. “Enquanto parlamentares, que representam o povo no Congresso, temos que valorizar a política e valorizar o que significa essa Casa, ter autonomia e independência e fazer uma agenda que tire esse país da crise. Com o ‘tsunami da educação’ desta terça, o que deveríamos fazer aqui é aprovar o orçamento impositivo e impedir que Bolsonaro corte os recursos da educação”.
Valmir quer uma agenda para desenvolver o país, gerar emprego, valorizar o salário mínimo e que retome as ações de reforma agrária. “Não podemos aprovar um projeto ou uma proposta porque o governo mandou. Temos que aprovar porque é bom para o povo e, se o presidente vetar, nós derrubaremos o veto”. Valmir também rebateu as insinuações de elo entre o PT e o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Não têm como negar que quem montou um conluio foi Moro, Dellagnol e todos para prender o presidente Lula, e tirar ele da disputa eleitoral. Toda a população sabe e não tem como questionar ou negar. E todos sabem que quem tem relação com o PCC é o governador de São Paulo, sobretudo, o PSDB, que fez acordo com a facção para diminuir os assassinatos e os conflitos que tinham em São Paulo”.
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