Artistas e bandas que representam a cultura afro-baiana através da música ainda tem chances de apresentar um espetáculo na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), durante o próximo verão. A convocatória para o Concha Negra segue com inscrições abertas até o dia 29 de agosto. Seja do samba, reggae, afro, afoxé, hip hop ou tudo isso misturado, basta ter talento, experiência e qualificação para executar um evento de grande porte, além de criatividade e, é claro, contar com o engajamento do público.
“Esta é uma grande oportunidade de visibilizarmos a música baiana, fomentar encontros entre os artistas da nossa terra e de outros lugares, e de viabilizar que grupos realizem festivais, mostras, manifestações artístico-culturais da negritude da Bahia, para além da música, trazendo a dança, o teatro, a moda, as artes visuais, literatura, o cinema, o circo para o palco da Concha”, diz Renata Dias, diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
O TCA e a Funceb irão arcar com a estrutura base para a realização dos shows, reduzindo o custo dos artistas e bandas com a montagem do espetáculo. O regulamento e formulário de inscrição estão disponíveis no site do TCA, e a seleção já será divulgada no dia 10 de setembro. Os shows serão entre novembro de 2019 e fevereiro de 2020, com ingressos a R$40 (inteira) e R$20 (meia).
Projeto
O Concha Negra é uma iniciativa do Governo do Estado, que se compromete a fomentar a diversidade cultural da Bahia, suas tradições e patrimônios, garantindo o lugar da música afro-baiana na programação mensal da Concha Acústica do Complexo do TCA, maior equipamento cultural do estado. Sua realização parte de premissas das políticas reparatórias previstas na constituição do Estado da Bahia e no Estatuto da Igualdade Racial.
Assim, o incentivo a mais em um canal de visibilidade e acesso a esta produção se alinha a condutas que reconhecem a cidadania cultural, a importância da representatividade e a afirmação de identidades, combatendo preconceitos e valorizando a expressão das variadas manifestações humanas.
A primeira etapa do projeto foi realizada entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018, com shows de Filhos de Gandhy, Muzenza, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Olodum e Malê Debalê. Além das apresentações principais, cada espetáculo teve a participação de pelo menos um convidado especial e também uma abertura com intervenções de outras linguagens artísticas, como teatro, dança e moda. As informações são de assessoria.