Diversos artistas se apresentaram, na tarde do último domingo (25), no Farol da Barra, em Salvador, para se manifestar contra os 500 dias da prisão do ex-presidente Lula na segunda edição do Festival Lula Livre. Atrações como Chico César, Dão, Ana Cañas, Ilê Ayê, Cortejo Afro, Filhos de Gandhy, Márcia Short, Manno Góes, entre outros estiveram presentes. A manifestação é mais um ato para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar os recursos a favor da liberdade de Lula, encaminhados pela defesa do petista, acusado no ano passado, pelo caso do Triplex do Guarujá.
“O sistema judiciário brasileiro tem que tomar uma atitude com relação a isso. Agressões ao meio ambiente, corte de verbas da educação só comprovam este retrocesso que nós estamos vivendo. E o festival é uma maneira de seguir pregando a paz, a esperança e a preocupação por um Brasil melhor”, afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), Cedro Silva. A aposentada Maria de Lourdes Napomuceno, de 71 anos, fez questão de participar do festival.
“A política de Bolsonaro quer tirar direitos e nós não podemos deixar. Sou em prol do Lula Livre. Ele é inocente. Não há provas contra ele. Tudo que conquistamos foi feito com muito sacrifício”, defende. O também aposentado Adailton Vital, de 63 anos, veio do município de Santo Amaro só para acompanhar a manifestação. “Lula não deveria nem ser preso. Tiraram ele, porque sabiam que ganhariam a eleição. Agora o povo tá vendo aí: sem verba pra faculdade, saúde, nada”.
Para a técnica de enfermagem Ivone Silva, de 61 anos, não dá mais para ficar de braços cruzados: “Todo mundo sabe, todo mundo está vendo que isso foi um golpe. Precisamos conscientizar e o festival é uma maneira de fazer isso. Pela liberdade, democracia e justiça social. Eu sei que de lá do meu sofá, não vou mudar nada. Tem que vir para a rua mesmo, provocar esta transformação mais que urgente”, afirma.
Recursos na Justiça
Na próxima terça-feira (27), o STF deve julgar mais um recurso de Lula. Desta vez, a defesa pede para que seja suspensa a ação penal sobre o Instituto Lula, que aguarda julgamento na primeira instância. A defesa quer também neste mesmo dia, discutir outros dois recursos que não foram julgados – um que discute a suposta parcialidade de Moro no caso do Guarujá, após as denúncias feitas pelo Intercept Brasil.
O outro, diz respeito à contestação da isenção da Força Tarefa da Lava Jato durante as investigações envolvendo o tríplex. Os advogados querem que a condenação seja anulada e Lula seja libertado. Jornal da Chapada com informações de Correio 24h.
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