Com uma agenda tomada por debates políticos, a nova executiva do Partido dos Trabalhadores de Salvador segue defendendo a democratização das ações internas e ampliando sua atuação na capital contra o ‘conservadorismo bolsonarista’. Neste sábado (14), por exemplo, o auditório do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) abrigou mais uma atividade do novo diretório. Foi o seminário com pré-candidatos a vereadores e vereadoras da sigla. Vice-líder da oposição na Câmara soteropolitana, o edil Luiz Carlos Suíca (PT) esteve no debate juntamente com Marta Rodrigues (PT) e Moisés Rocha (PT) e lembrou que os militantes esperavam “o partido com uma nova cara e um novo tom”, com diferentes atividades e diálogos que antes eram inexistentes.
“O novo diretório tem dado o tom do processo interno no PT. Isso é fundamental para continuarmos com independência e coerência com a agenda defendida pelo presidente Lula. Temos de ter candidatos próprios aonde pudermos e lutar contra o avanço do conservadorismo. Estamos chegando a um consenso para um nome do partido em Salvador, assim como vamos ampliar os debates sobre o novo processo político eleitoral, com o fim das coligações proporcionais, e outros debates envolvendo as posses dos presidentes de zonais. Essa rotação que o partido municipal tem dado é de fundamental importância para o fortalecimento e decisões do diretório”, salienta Suíca. Ele acredita “que essas atividades são políticas e democratizam os debates lembrando os núcleos que existiam antigamente dentro do partido”.
Os pré-candidatos negros do PT para a prefeitura de Salvador, a socióloga Vilma Reis e o vereador Moisés Rocha, compuseram a mesa de debates no seminário deste sábado. Para Suíca, a presença de ambos no evento representa a valorização que cada pré-candidato a vereador tem no processo. Membro do recém-criado Núcleo Popular, coletivo de militantes petistas, o vereador defende um nome do movimento negro para disputar com o representante do carlismo a vaga para o Palácio Tomé de Souza em 2020. Ao lado do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, Suíca voltou a questionar a importância do partido ouvir os movimentos sociais e sindicais. “Sem essa militância, o PT não conseguiria se manter como o partido que mais cresce no país. É um dos mais importantes e defende o trabalhador, e temos de colocar uma pessoa que represente isso”, completa.