Desde que fechou há quase 4 anos, a fábrica de cimento Itaguarana, que pertence ao grupo Nassau, localizada no trecho da estrada que liga os município de Tanhaçu e Ituaçu, no sul da Chapada Diamantina, ainda não pagou os direitos trabalhistas dos mais de 200 trabalhadores que, de uma hora para outra, ficaram sem seus empregos.
A demissão foi uma surpresa para pais e mães que dependiam do emprego para sustentar as famílias. O pintor industrial Luiz Carlos Oliveira era funcionário da fábrica há quase vinte anos. “Eu fui para assinar as férias no dia 28 e já assinei a demissão. Foi uma surpresa, não sabia de nada”, afirmou Luiz Carlos na época.
A unidade de Ituaçu é apenas uma das nove plantas, de um total de 11 fábricas, distribuídas em 10 estados que fecharam nos últimos anos. Segundo informações, uma disputa entre herdeiros, agrava a crise do grupo cimenteiro sediado em Recife (PE).
No próximo dia 6 de fevereiro, a unidade de Itaguassu, que fica no município de Nossa Senhora do Socorro (SE), irá a leilão por determinação da Justiça do Trabalho. A fábrica que tinha cerca 500 funcionários diretos, acumula 90 milhões em dívidas trabalhistas. O valor inicial do leilão é de R$528 milhões. Desde outubro de 2015 a unidade industrial está com as atividades suspensas.
O leilão da fábrica de Sergipe, dá uma certa esperança para os trabalhadores da unidade de Ituaçu que ainda hoje lutam para receber seus direitos trabalhista. Jornal da Chapada com informações do G1, Valor e Destaque Notícias.