A anemia falciforme atinge mais de 30 mil pessoas na Bahia. Ciente desse número, o governo estadual lançou edital de pesquisa no valor de R$1,1 milhão para fomentar trabalhos de pesquisadores e militantes do movimento negro na área. Quem destaca a medida é o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA). Ele informa que o edital foi proposto pelo próprio governador Rui Costa (PT) após estudo das Secretarias estaduais de Ciência Tecnologia e Inovação (Secti) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). “Essa iniciativa do governo é um importante avanço, pois a Bahia é o estado que concentra o maior número de pacientes com doença falciforme no mundo, fora do continente africano. E todas as políticas públicas que impactam na redução da mortalidade e na promoção da qualidade de vida são fundamentais”.
Esse edital está de acordo com o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa da Bahia, com a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra e com o decreto que institui a Década do Afrodescendente. A proposta contempla pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação sobre doenças e agravos causados na população negra e dos povos de comunidades tradicionais com ênfase na doença falciforme. Assunção diz que a medida vai de encontro às ações do governo federal, que tem acabado com políticas fundamentais para o povo negro e para quem vive no campo. “O governador Rui entende os problemas enfrentados pelo povo negro e tem avançado muito para diminuir o número de vítimas fatais de anemia falciforme”.
Valmir aponta que os valores do edital são via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e que os projetos aprovados serão acompanhados por profissionais da área, incluindo despesas na contratação de consultores Ad Hoc (professores que farão a revisão dos projetos). Também terá 30% dos recursos para propostas de proponentes que se autodeclarem pretos e pardos e com prioridade para as mulheres pretas e/ou pardas. O edital vai aceitar propostas em uma das duas linhas de pesquisa: projetos voltados à doença falciforme com recursos no valor de R$600 mil, e projetos relacionados a doenças crônicas, outros agravos e impactos do racismo na saúde no valor de R$400 mil. As propostas deverão ser apresentadas sob a forma de projeto de pesquisa e encaminhadas à Fapesb, via meio eletrônico, por intermédio do formulário, que está disponível no portal da fundação (www.fapesb.ba.gov.br). As informações são de assessoria.