Com a confirmação de dois casos do novo coronavirus (Codiv-19) em Feira de Santana, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP) instaurou um processo administrativo nesta segunda-feira (9) para analisar se é prudente que a Micareta de Feira, evento tradicional da cidade, seja mantida. O procedimento, instaurado pelo promotor Audo Rodrigues, que solicita informações técnico-científicas da Secretaria de Saúde da cidade sobre as ações de combate ao coronavírus. Inicialmente, o procedimento é apenas para a coleta de informações.
Quando tiver em mãos os documentos solicitados ao órgão municipal, o MP decidirá se vai recomendar mudança na programação da Micareta de Feira, prevista para acontecer entre os dias 23 e 26 de abril. De acordo com a Secretaria de Comunicação da prefeitura da cidade, o evento deve receber um total de 1 milhão de pessoas – cerca de 250 mil por dia. São dois os documentos solicitados à pasta municipal. No prazo de 72 horas, a SMS feirense deve enviar ao MP um plano de contingência e combate à doença. Dentro de 5 dias, um segundo documento deve responder, através do parecer de profissionais capacitados, quais os riscos de contágio que um evento como a micareta oferece para a cidade.
Procurada, a prefeitura de Feira de Santana informou que ainda não recebeu oficialmente o comunicado sobre o procedimento, mas que “os profissionais da pasta de saúde responderão, oportunamente, aos questionamentos do MP”. Na última sexta-feira (6), o prefeito da cidade, Colbert Martins Filho, chegou a comentar que ‘seria precipitado’ pensar em qualquer alteração no calendário da micareta. Na ocasião, a prefeitura instalou um comitê especial para conduzir as ações de combate à doença. As informações são do jornal Correio.