Subiu para 44 o número de pessoas que morreram intoxicadas após beberem álcool adulterado no Irã, em consequência de um boato segundo o qual bebidas alcoólicas ajudariam a curar o novo coronavírus, informou, nesta terça-feira (10), a agência oficial Iraniana Irna. Na última segunda (9), foram confirmados 27 óbitos. Com um total de 291 mortos, o Irã é o terceiro país do mundo mais afetado pela epidemia, atrás da China e da Itália.
O consumo e a venda de álcool são proibidos no Irã, mas os meios de comunicação locais informam periodicamente intoxicações mortais com álcool contrabandeado. Segundo a Irna, com 36 mortes, a província do Juzestão (sudoeste) é a região com o maior número de vítimas fatais por estas intoxicações. O número equivale ao dobro de vítimas pelo novo coronavírus na mesma província (18), acrescentou a mesma fonte.
As demais pessoas mortas após o consumo adulterado são das províncias de Alborz (com sete mortos), perto de Teerã, e de Kermanshah (oeste). Na segunda-feira, citando um funcionário do hospital local, a Irna acrescentou que 218 pessoas haviam sido hospitalizadas pela intoxicação em Ahvaz, a capital do Juzestão. O governo do Irã libertou esta semana aproximadamente 70 mil detentos por conta da epidemia de coronavírus no país. O anúncio foi feito pelo chefe do Judiciário persa, Ebrahim Raisi, nesta segunda. As informações são do jornal O Globo.