Há algum tempo que o café do município de Piatã, na Chapada Diamantina, tem sido premiado e reconhecido nacional e internacionalmente como referência de qualidade. Este reconhecimento foi o tema de uma live realizada na última terça-feira (5), nas redes sociais, pelo blog do Mário Bittencourt, com o produtor e empresário Cândido Rosa, do café Rigno.
Rosa falou que um dos segredos do café de qualidade é o cuidado na colheita, com a escolha dos grãos que estão prontos para serem retirados do pé. E o pós-colheita, fase em que os grãos são colocados para a secagem, merecem igual atenção para que o café tenha qualidade.
Dentre esses cafés especiais, está o que é produzido pela família Rigno. Este café é o mais recente ganhador do concurso da ABIC, feito que já tinha sido realizado em 2015. O café dos Rigno já venceu também o Cup of Excellence de 2009, 2014 e 2015. Há 40 anos que a família produz café arábica, e desde 2000 se dedica aos cafés especiais.
A busca por melhores grãos atrai australianos, americanos, coreanos, japoneses e europeus às propriedades de Piatã, onde o preço da saca de 60kg triplicou de valor. O foco na produção de cafés de qualidade fez com que a cidade de Piatã entrasse na rota da elite da cafeicultura mundial. Não fossem as restrições de deslocamento provocadas pela pandemia da Covid-19, as áreas de produção de café da cidade de 17 mil habitantes estariam nesta época do ano sendo visitadas por eles.
O presidente da Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã), Rodolfo Moreno, que também fez participação na live, diz que “das cerca de 300 famílias que produzem cafés na região, pelo menos metade conseguem ter um grão com pontuação acima de 80”. Para entender a relevância na escolha dos grãos, na qualidade do café e premiações.
Jornal da Chapada
Confira na íntegra a live sobre a produção de cafés especiais na Bahia: