Uma mulher moradora do município de Andaraí, na Chapada Diamantina, se dedica numa busca incansável por sua mãe desaparecida há quase 50 anos. Dona Maurina Gonçalves de Oliveira, a ‘Dona Maura’, disse que tinha nove anos quando sua mãe, Maria da Conceição Gonçalves de Oliveira, a avisou que faria uma viagem e que era para ela esperar seu pai, Alcides Gonçalves de Oliveira, que estava trabalhando na casa de uma tia.
“Eu morava no município de Andaraí. Minha mãe, eu, minha irmã e meu pai. Um dia ela falou para mim: ‘olhe Maura, eu vou fazer uma viagem, vá para casa de sua tia e só volta para casa quando seu pai voltar do trabalho’. Naquele dia, ele retornou do trabalho umas 17h e ela até hoje não temos notícias”, revela ‘Dona Maura’.
Segundo ela, dois anos depois seu pai faleceu e ela foi morar em “casa de família”. “Meu pai morreu novo, com 35 anos, fui criada com minha irmã em casa de família”, conta a mulher que continua dizendo que a vida não foi fácil depois do desaparecimento da mãe e da morte do pai.
“Minha infância não foi nada fácil, tive que fazer muita coisa para sobreviver, trabalhei em casa de família, na época conheci um jovem a gente se segurou um no outro, temos histórias parecidas e convivemos até hoje, é o pai dos meus filhos. Estamos juntos até hoje, graças a Deus, somos uma família abençoada. Só falta minha mãe, que um dia irei encontrar!”, narra ela emocionada.
“Hoje sou casada, tenho três filhos, oito netos. Vivo bem, graças a Deus. Mas me falta um pedacinho e eu espero receber ela de portas abertas, não importa como ela esteja”, fala com a voz embargada. “Minha mãe deve estar na faixa dos 70 anos, ela me teve nova. De vez em quando eu procuro, mas não perco minha fé, acredito que ainda terei uma notícia boa”, continua esperançosa.
‘Dona Maura’ acredita que a mãe, apesar de tanto tempo, ainda esteja viva, mas mesmo que não esteja, tem a esperança de que ela tenha tido outros filhos e, por isso, estende sua busca para possíveis irmãos e/ou parentes que ainda não conheceu. “Se ela já tiver morrido, ela provavelmente teve mais filhos e eu gostaria de conhece-los. Moro aqui bem na entrada de Andaraí, fácil de encontrar”, finaliza.
Quem tiver qualquer informação que ajude a realizar esse reencontro, entra em contato com o Jornal da Chapada.
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