A fábrica de calçados ‘Paquetá Calçados’, localizada no município de Ipirá, na Bacia do Jacuípe, demitiu vários funcionários em pleno momento de crise sanitária causada pelo novo coronavírus. Surpreendidos pela ação da direção da empresa, os funcionários protestaram na porta da empresa e reivindicaram seus direitos trabalhistas nesta sexta-feira (15). Em nota enviada para o site Caboronga Notícias, funcionários cobram da empresa o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), da multa de 40% e chamam a atenção do poder público para a solução do impasse.
“Sou uma das funcionárias demitidas agora recentemente da empresa ‘Paquetá Calçados’ e venho em nome de todos os meus colegas pedir que compartilhem essas mensagens e vídeo do nosso protesto pacífico, realizado na manhã desta sexta-feira [15] juntamente com o Sindicato, em frente à fábrica. O ato foi unicamente em prol dos nossos direitos que infelizmente a empresa vem nos negando e agora chegou num ponto que não aguentamos mais”, aponta uma das funcionárias demitida.
Os funcionários alegam que nem o FGTS, que é direito, não estão conseguindo sacar. “O nosso propósito foi para chamar a atenção dos poderes públicos da nossa cidade para que nos apoiem nessa luta. Peço à Câmara de Vereadores, ao prefeito municipal e à nossa imprensa local que não fechem os olhos para o que está acontecendo. O FGTS com 40% é direito nosso e a ‘Paquetá’ não pode tirar de nós”, disse a funcionária em nota.
Conforme informações publicadas pelo site, este é o segundo ato público realizado em uma semana pelos funcionários demitidos realizado de forma pacífica. Após o ato desta sexta, os manifestantes seguiram em caminhada até o Centro Administrativo para solicitar apoio do prefeito municipal e vereadores.
Parte do grupo foi recebida pelo secretário de Administração Geral, Sandro Cintra e pelos vereadores Divanilson Mascarenhas (MDB), Laelson Neves (MDB) e Mundinho de Nova Brasília (DEM). Eles ouvirem as reivindicações e prometeram intermediar o impasse junto à direção da empresa. Caso a situação não seja resolvida, os funcionários demitidos prometeram acampar no interior na fábrica e só sair do local após a situação ser resolvida. Jornal da Chapada com informações do Caboronga Notícias.