O policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Civil em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel pertence a Frederick Wassef, advogado do filho do presidente.
Segundo informações de Bruno Tavares, na GloboNews, policiais e promoters relataram que Queiroz era mantido em esquema de proteção no imóvel, pois já se imaginava que ele poderia ser preso.
O ex-assessor foi preso a mando do Ministério Público do Rio de Janeiro no inquérito relacionado ao esquema de “rachadinha” que operava no gabinete do então deputado estadual – e hoje senador – Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão de forma “atípica” em sua conta bancária enquanto atuava como assessor do filho do presidente.
As investigações apontam que assessores de Flávio sacavam parte de seus salários e repassavam para Queiroz. Márcia Aguiar, esposa do ex-policial, foi registrada como assessora do gabinete de Flávio por 10 anos. Seu salário bruto era de R$ 9.835,63.
O ex-assessor de Flávio, amigo há mais de 30 anos do presidente, está sendo levado para São Paulo, capital.
Justiça pede prisão da esposa de Queiroz
O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do TJ do Rio de Janeiro, autorizou nesta quinta-feira (18) a prisão de Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz. A informação é de Juliana Dal Piva, do O Globo.
Assim como o marido, Márcia também esteve no gabinete do filho do presidente na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Apesar de se declarar “cabeleireira”, a mulher foi registrada como assessora de Flávio de 2007 a 2017, mas nunca teve crachá do cargo.
Com isso, Marcia também é investigada pelo Ministério Público por suspeita de corrupção no gabinete do filho do presidente. Queiroz foi citado pelo Coaf em julho do ano passado por movimentações financeiras suspeitas de R$ 1,2 milhão e também teve os sigilos fiscal e bancário quebrados. As informações são da Revista Fórum.