A Polícia Civil e o Ministério Público realizam uma nova operação relacionada às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes na manhã desta terça-feira (30) no Rio de Janeiro.
O alvo dos agentes é o grupo de matadores Escritório do Crime, que foi comandado por Adriano da Nóbrega, miliciano que empregou mãe e irmã no suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que era liderado por Fabrício de Queiroz.
A operação é um desdobramento do caso Marielle que envolve o assassinato de Marcelo da Matta no mesmo dia da execução da vereadora do PSOL. Marcelo era marido de Samantha Miranda, que há havia sido casada com o ex-vereador Cristiano Girão.
Agentes cumprem dois mandados de prisão contra os chefes do bando, além de 20 de busca e apreensão em vários pontos da cidade. Alguns locais são residências de três ex-PMs e de um policial inativo.
O principal alvo é Leonardo Gouvea da Silva, o Mad, substituto do ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano Magalhães da Nóbrega, à frente da organização criminosa.
Prisão
Segundo o jornal O Globo, Mad foi preso na casa dele, de dois andares, na Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio, e sem que fosse perguntado já se justificou.
“Não tenho nada com a morte da Marielle”, disse ao delegado Daniel Rosa e para a coordenadora do Gaeco, a promotora Simone Sibilio.
Mad era amigo de infância de Adriano da Nóbrega e recebeu dele a incumbência de liderar o Escritório do Crime, após o miliciano ser caçado pela polícia até ser morto em operação no interior da Bahia.
De acordo com as investigações, Mad e seu grupo são acusados do assassinato do empresário Marcelo Diotti da Mata, no estacionamento do restaurante Outback, na Avenida das Américas, Barra da Tijuca, no dia 14 de março de 2018. Diotti foi alvejado ao lado de seu carro, um Mercedes SUV branco. No local, foram encontradas cerca de 20 cápsulas de calibres 7.62 e 5.56. As informações são do jornal O Globo.