Dos 417 municípios baianos, 30 não registraram infecções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. E o município de Lençóis, na Chapada Diamantina, é umas delas. Esta informação faz parte de um levantamento realizado pelo jornal Correio, a partir de dados das prefeituras e da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), divulgado nesta terça-feira (30). Os municípios possuem população igual ou menor do que 20 mil habitantes, localizadas nas macrorregiões: centro-leste, centro-norte, oeste, sul e sudoeste.
Na lista dos 30 municípios sem casos de covid-19, o município de Lençóis, da gestão do prefeito Marcos Airton (Republicanos), encontra-se na 18ª posição, com mais de 11 mil habitantes, conforme dados apresentados. Outras cidades chapadeiras também despontam na lista como Tanhaçu, Bonito, Rio de Contas, Ibiquera, Novo Horizonte, Wagner, Várzea do Poço, Saúde, Contendas do Sincorá e Lajedinho. Conforme informações do Correio, o número de cidades sem casos positivos pode ser ainda menor, pois algumas prefeituras já notificaram os casos nas últimas horas, o que deve ser atualizado nos próximos dias no boletim estadual.
O resultado se deve ao cumprimento das recomendações, do isolamento social e de ações preventivas como testagem da população e barreiras sanitárias, que fiscalizam diariamente a rotatividade de pessoas no município. Lençóis mantém, até o momento, seu comércio fechado, mas estuda junto com a população a decisão de abertura do comércio gradualmente ou não (veja aqui). No boletim desta terça, os números são os mesmos, zero infectados.
Os dados também revelam que, das nove regiões sanitárias da Bahia, quatro já foram tomadas pelo novo coronavírus: Norte, Nordeste, Leste e Extremo-sul. Em todos os municípios que ficam no litoral baiano e na divisa da Bahia com outros estados também foram registrados casos da doença. Para o professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e pesquisador do portal Geocovid-19, Washington Rocha, esses dados refletem a interiorização da covid-19 na Bahia.
“Percebemos que o histórico de espalhamento da doença se deu a partir de agrupamentos no litoral, que foram crescendo, e depois se espalhou rumo ao interior, principalmente ao longo das principais rodovias”, disse. O professor prevê que em cerca de 60 dias, todos os 417 municípios serão completamente atingidos. Jornal da Chapada com dados do Correio 24h.
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