As deputadas estaduais Janaina Paschoal e Letícia Aguiar, as duas do PSL, pediram ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que recomende às 645 cidades do estado a adoção do protocolo do ministério da Saúde que orienta médicos da rede pública a receitarem cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes infectados pelo novo coronavírus.
A recomendação do ministério é que os medicamentos combinados à azitromicina sejam adotados desde os primeiros dias após o aparecimento dos sintomas de covid-19. O uso destes medicamentos é contestado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por falta de comprovação científica. O protocolo, publicado em maio, gerou protestos do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
A ideia de recorrer ao MP partiu de Letícia Aguiar, que pediu e recebeu apoio de Janaína, que já havia recorrido sem sucesso ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), à Secretaria Estadual de Saúde e ao Conselho de Secretários Estaduais. “Eu entendo que não há perigo”, diz Letícia Aguiar, para quem prescrever o medicamento não põe em risco, mas “pode salvar vidas”.
“Os resultados foram positivos em laboratórios e estão sendo feitos testes em humanos para apontar a eficácia”, afirma. Janaina Paschoal não usou cloroquina quando contraiu a doença. Ela afirmou que não é “uma entusiasta da cloroquina, especificamente”.
“Mas sim de medicar no início. No sistema privado, essa é a regra. No público, os médicos ficam receosos, pois o protocolo do Conselho de Secretários da Saúde manda não medicar casos leves e moderados. O que eu defendo é permitir que médicos e pacientes decidam em conjunto”. Redação do site da Revista Fórum com informações do UOL.