O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, levantou nesta quinta-feira (30) a possibilidade de adiar a eleição presidencial de novembro, apesar de a data estar determinada na Constituição do país, o que provocou reações imediatas dos democratas.
Não ficou claro se Trump falou sério, já que a medida exigiria uma ação do Congresso, que detém o poder de programar as eleições. Sem provas, Trump repetiu suas alegações de fraude nas votações pelo Correio e cogitou um adiamento ao escrever em sua conta no Twitter: “Adiar a votação até as pessoas poderem votar de forma apropriada, garantida e segura???”
Representantes da Casa Branca não responderam de imediato a um pedido de comentário. Trump questiona a legitimidade da votação pelo Correio, usada com muito mais frequência nas eleições primárias em meio à pandemia de coronavírus. Ele também fez alegações infundadas de que a votação será manipulada e se recusou a dizer se aceitaria os resultados oficiais caso seja derrotado.
Democratas, incluindo o candidato presidencial Joe Biden, já iniciaram preparativos para proteger os eleitores e a eleição devido ao temor de que Trump tente interferir no pleito de 3 de novembro. “Um presidente no cargo está espalhando mentiras e insinuando o adiamento da eleição para se manter no poder”, disse o deputado democrata Dan Kildee no Twitter.
“Não deixem acontecer. Todo americano -republicano, independente e democrata – deveria estar se manifestando contra a ilegalidade e o desprezo completo desse presidente pela Constituição”. O senador democrata Tom Udall disse: “Não existe possibilidade de o presidente dos Estados Unidos adiar a eleição. Não deveríamos deixá-lo nos distrair de sua incompetência diante da covid-19”. As informações são da Agência Brasil e Reuters.