Vinte e três estudantes do Instituto Federal da Bahia (Ifba), campus de Jacobina, na Chapada Norte, estão classificados para a segunda fase da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). Na primeira etapa, os jovens, que são alunos dos 3º e 4º anos dos cursos técnicos integrados de eletromecânica, informática e mineração, responderam à prova objetiva online com 20 questões, envolvendo as disciplinas de astronomia, biologia, física, histórica e química. O professor Beliato Campos é o coordenador local da iniciativa, em colaboração com os docentes Leanderson Rodrigues (física), Bruna Oliveira (biologia) e Cristian Lins (química). É a primeira vez que o campus participa da olimpíada.
“Estamos muito felizes com o resultado. Dos 74 inscritos, 42 realizaram a prova, sendo 23 aprovados, o que corresponde a 55% dos estudantes participantes. Considerando as dificuldades enfrentadas por esta pandemia, como a suspensão do calendário letivo, esse número é bem expressivo. Acredito que a olimpíada foi uma das formas de incentivar e estimular os alunos na continuidade dos estudos em tempos de distanciamento social. O diferencial da ONC é que, além de contemplar a física, matéria que leciono, há a inclusão de outros conteúdos, o que torna a experiência ainda mais abrangente e interdisciplinar. Temos boas expectativas para a segunda fase, pois os estudantes já começaram a nos procurar, sobretudo via redes sociais e WhatsApp, com dúvidas e questionamentos. Estamos na torcida pelos nossos jovens talentos”, comenta o coordenador.
Para Gustavo Silva, estudante do 4º ano de informática, participar da ONC foi uma oportunidade “divertida e desafiadora”, ao mesmo tempo. “Aprendi ainda mais sobre os conteúdos discutidos! Foi uma espécie de treinamento para o Enem, organizei até um cronograma de estudos a partir do material disponibilizado no site da própria olimpíada. Muitos dos assuntos abordados estão presentes no Exame Nacional. Vai me ajudar bastante!”, disse. Na opinião da colega de curso Maria Nicolle Ferreira, a “interdisciplinaridade” da ONC é o que mais a diferencia das demais olimpíadas do conhecimento.
“Estamos acostumados a fazer olimpíada de uma matéria só. Criamos grupo virtual de estudos, assistimos a vídeos no Youtube com questões resolvidas de outras edições, tudo isso almejando um bom desempenho na prova. As questões foram um pouco complicadas, porém divertidas, aprendemos muito sobre astronomia, por exemplo. Foi incrível!”, revela. Tainara Lopes, aluna do 3º ano de informática, considerou “complexa” a experiência. “Tive me adaptar ao novo formato [online], mas isso me deu um gás pra estudar, principalmente áreas não aprofundadas no colégio, como a astronomia. Desejo sucesso a todos os colegas que passaram para a 2ª fase [prevista para novembro]”, pontua.
Medalhas e menções honrosas estão entre as premiações da ONC, uma promoção do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), como programa da Associação Brasileira de Química (ABQ), do Departamento de História da Unicamp, Instituto Butantã, Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e Sociedade Brasileira de Física (SBF). As informações são de assessoria.