Produtores da região da Chapada Diamantina investem no cultivo comercial de uva com variedades destinadas a experimentos conduzidos em alguns municípios que têm evidenciado potencial de solo e clima propícios para o cultivo, como Mucugê e Morro do Chapéu.
“E o mais importante é que não há relatos nem confirmação da ocorrência de pragas quarentenárias na região”, relata Celso Duarte Filho, diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
A Bahia conta com dois pólos vitivinícolas em expansão, o Território da Chapada e Território do Sertão do São Francisco, já com início promissor para o cultivo das videiras e produção de vinhos.
A Portaria da Adab nº 086 publicada no último 9 de dezembro define que os novos plantios de uva em áreas do território baiano, sem ocorrência da bactéria que provoca o Cancro Bacteriano da Videira, serão permitidos desde que realizados com mudas acompanhadas de PTV (Permissão de Trânsito de Vegetais), embasada em CFO (Certificado Fitossanitário de Origem), e provenientes de viveiros certificados e cadastrados na Adab, localizados em áreas sem ocorrência da praga.
“A disseminação para outros municípios baianos e outros estados pode ocorrer principalmente pela introdução de mudas ou outros materiais propagativos infectados, por isso temos intensificado ações de fiscalização sobre o trânsito dessas cargas no estado”, afirma Celso Duarte.
O objetivo da normativa é preservar as áreas do estado livres da praga e garantir que “a expansão da vitivinicultura na Bahia aconteça com segurança, mantendo e intensificando a fiscalização e o monitoramento das áreas cultivadas, além do controle do trânsito de mudas e partes vegetais de regiões infectadas”, ressalta Maurício Bacelar, diretor-geral da Agência.
Jornal da Chapada