O ministro Eduardo Pazuello não foi sozinho a Manaus para disseminar o uso precoce da cloroquina contra a covid-19. O medicamento, que não tem eficácia comprovada contra a doença, fez o Ministério da Saúde pagar passagens e diárias para 11 médicos defensores do tratamento. A ação aconteceu antes de Manaus ficar sem oxigênio.
Segundo dados da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde bancou as passagens e ‘Missão Manaus’. montada por Mayra Pinheiro, secretária do ministério conhecida como ‘Capitã Cloroquina’. Cada um dos bilhetes de viagem custou entre R$ 2.783 e R$ 4.535 e os participantes ainda teriam recebido diárias de R$ 655 cada.
Esses valores foram retirados do Painel de Compras do Ministério da Economia. Quatro dos 11 integrantes tiveram seus nomes revelados pela Folha: Luciana Cruz, Helen Brandão, Ricardo Ariel Zimerman, Gustavo Pasquarelli.
A Fórum confirmou que eles aparecem no Painel de Compras. Apenas com os 4, foram R$ 10 mil gastos em passagens e R$ 2,6 mil em diárias. Um dinheiro que poderia ter sido investido em cilindros de oxigênio.
A missão montada para disseminar o tratamento sem comprovação científica foi montada um dia depois das pasta já estar ciente da possível escassez de oxigênio na capital do Amazonas. Redação do site da Revista Fórum.
Confira os números no Painel, da Folha