Após um mês do anúncio de encerramento das atividades da Ford no Brasil, além das 5 mil demissões já anunciadas, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) estima uma perda potencial de mais de 118.864 mil postos de trabalho. A perda de massa salarial é da ordem de R$2,5 bilhões ao ano.
Nesta semana, a Ford apresentou recurso contra as liminares da Justiça do Trabalho que impedem a montadora de demitir sem acordo coletivo os funcionários das fábricas das cidades de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e Taubaté, no interior de São Paulo, fechadas no mês passado.
Na última sexta-feira (5), a Justiça do Trabalho proibiu a Ford de demitir funcionários das duas fábricas antes de concluir as negociações das indenizações trabalhistas com os sindicatos. Na fábrica de Camaçari, que produzia os modelos Ka e EcoSport, a multa em caso de descumprimento da liminar é de R$1 milhão, acrescida de R$50 mil por trabalhador atingido.
Alternativa
Uma indústria indiana da área química pode se instalar em Camaçari para suprir a saída da empresa. A informação foi confirmada na semana passada pelo governador Rui Costa (PT) durante uma transmissão ao vivo nas suas redes sociais. Segundo o gestor, caso o negócio seja fechado, o investimento no Polo Petroquímico de Camaçari será de R$1 bilhão.
“Eu fui semana retrasada a várias embaixadas em Brasília, já enviamos o material para várias câmaras de comércio de outros países e, inclusive, tem uma boa notícia: estamos finalizando a negociação para receber um grande investimento na área química, uma empresa de capital indiana. Estamos trabalhando para suprir a vaga da Ford, mas estamos trabalhando também com outras empresas”, disse o governador. As informações são do BNews.