Representantes do Governo do Estado e da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé) discutiram o desenvolvimento da cadeia produtiva do café na Bahia, durante encontro virtual realizado nesta quarta-feira (17). O objetivo foi fazer um diagnóstico do setor para que o governo possa atuar com políticas públicas voltadas para impulsionar seu desenvolvimento na Bahia.
“Este foi um encontro muito relevante para levantar pontos que precisam da ação do estado, a exemplo da assistência técnica, licenciamento ambiental, logística de escoamento da produção, selo de localização geográfica, o uso intensivo da tecnologia na cadeia produtiva, dentre outros”, ressaltou o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.
O presidente da Assocafé, João Araújo Lopes, apresentou as demandas do setor produtivo, como assistência técnica e fortalecimento das cooperativas, e destacou a importância da reunião. “Estou contente de ver esse encontro de peso com o Governo do Estado. Em 2020, o consumo mundial foi de 166 milhões de sacas de café, e precisamos fortalecer a cultura do café especial em nosso estado”, disse.
“Em 2020 tivemos um crescimento da produção de café na Bahia. Precisamos fortalecer as cooperativas, então vamos somar os esforços da Seagri, SDR e CAR neste sentido. Também vamos realizar o Concurso Estadual do Café”, disse Lucas Costa, secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura.
De acordo com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), a produção total de café na Bahia, em 2020, ficou estimada em 246 mil toneladas, um crescimento de 36,3% na comparação anual. A safra do tipo arábica ficou projetada em 120,5 mil toneladas, variação anual de 66,4%; e a do canéfora, em 125,5 mil toneladas, correspondendo a uma expansão de 16,1% na comparação com 2019.
Durante a reunião foi apresentado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) que o projeto Bahia Produtiva possui projetos conveniados (entre cooperativas e associações), no extremo sul, Chapada Diamantina, sudoeste e médio sudoeste, sendo R$ 12 milhões já investidos, com estimativa de chegar a até R$22 milhões.
“São 700 famílias apoiadas diretamente com um valor médio de R$ 30 mil por família para investir na qualificação do café de melhor qualidade. São investimentos em equipamentos, capacitação, estruturas de armazenagem, laboratório de prova de café, base de produção, acesso a mercado, gestão, dentre outros”, disse o diretor-executivo da CAR, Wilson Dias. O Bahia Produtiva é um projeto executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.
“Esta foi uma reunião importante para impulsionar a cafeicultura na Bahia. Assuntos levantados, como o selo de identificação geográfica, permitem ao agricultor ter mais rentabilidade”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes. O encontro também contou com a participação de representantes da SEI e do Superintendente de Atração de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Paulo Guimarães. As informações são de assessoria.