A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a operação ‘Terceira Parcela’ que investiga irregularidades e fraudes nos pagamentos do auxílio emergencial, valor disponibilizado pelo governo federal à população brasileira, no período de pandemia da covid-19. “O objetivo da operação é desestruturar ações que causam prejuízo ao programa assistencial e, por consequência, atingem a parcela da população que necessita desses valores”, afirmou a PF.
Considerada pela PF como “a maior ação de combate a fraudes contra benefícios emergenciais”, nesta primeira etapa da investigação, são alvos os beneficiários de pagamento de contas com valores obtidos com o desvio de auxílios emergenciais. Em Minas Gerais, aproximadamente 200 policiais federais foram destacados para o cumprimento de 66 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e outros 38 municípios do Estado. Também estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos estados da Bahia, Tocantins e Paraíba.
A ação é fruto do trabalho conjunto da Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, CAIXA, Receita Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União, que participam da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), cujos principais objetivos são a identificação de fraudes massivas e a desarticulação de organizações criminosas voltadas ao cometimento deste tipo de delito.
No ano passado, em novembro de 2020, a PF deflagrou as operações da primeira e segunda parcelas do auxílio. Na primeira operação, as investigações contabilizaram os prejuízos causados pela quadrilha aos cofres públicos em torno de R$ 350 mil, só no estado de São Paulo, foram 10 Mandados de busca e apreensão e 60 policiais envolvidos.
Na segunda operação, foi determinado o bloqueio de valores de até R$ 650 mil, em diversas contas que receberam benefícios fraudados, com o cumprimento de 42 Mandados de busca e apreensão, sete Mandados de Prisão e 13 Mandados de Sequestro de Bens com 152 policiais federais participam da operação. Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, constituição de organização criminosa e até mesmo lavagem de dinheiro.
Jornal da Chapada