Logo depois do ex-presidente Lula fazer seu histórico discurso com duras críticas à condução do governo Bolsonaro diante da pandemia de Covid-19 e ao armamento da população, o clã Bolsonaro parece ter sentido o baque e se reorganizado.
Em evento realizado nesta quarta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro foi visto de uma forma diferente da habitual: o mandatário reapareceu usando máscara de proteção facial, o que não acontece já há alguns meses. Durante sua fala tentou destacar alguns “feitos” de seu governo e disse que “o governo não poupou esforços” para combater a Covid-19. “A seriedade e a responsabilidade faz parte do nosso governo”, disse.
Em discurso feito no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula pediu para que sejam ignoradas as recomendações “imbecis” de Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e disse que muitas das mortes provocadas pela Covid-19 poderiam ser “evitadas se a gente tivesse um governo que tivesse feito o elementar”.
“Tome vacina, porque a vacina é uma das coisas que pode livrar você de Covid, mas mesmo tomando a vacina não ache que você pode tirar a camisa, ir para o boteco, pedir uma cerveja gelada e ficar conversando. Não. Você precisa continuar fazendo o isolamento, usando máscara e álcool gel”, afirmou Lula.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, também explicitou essa virada narrativa no clã. O parlamentar compartilhou um meme em que Bolsonaro aparece dizendo que “nossa arma é a vacina”. Lula havia criticado duramente o armamento da população durante o governo Bolsonaro.
Vacina para gerar empregos!
Nos próximos dois meses vacinaremos dezenas de milhões de brasileiros!#vacina #vida #brasil #bolsonaro #fechadocombolsonaro #jairbolsonaro #flaviobolsonaro #covid_19 pic.twitter.com/nhpDDc3HrZ— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) March 10, 2021
“Vacina para gerar empregos! Nos próximos dois meses vacinaremos dezenas de milhões de brasileiros!”, tuitou o senador. Lula falou que um presidente “não é eleito para falar bobagem no fake news” e nem “incentivar a compra de armas, como se nós estivéssemos precisando de armas”. “Questão da vacina não é se tem ou não tem dinheiro. É uma questão de se amo a vida ou se amo a morte”, disse ainda. A redação é do site da Revista Fórum.
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