A baiana Elisvânia Silva, de 27 anos, decidiu realizar um ensaio fotográfico em caminhão de lixo, para homenagear o marido, Luiz Alberto, de 37 anos, que é motorista da caçamba na cidade de Feira de Santana, no Centro-Norte da Bahia. Luiz atua na profissão há mais de uma década e conta que gostou da ideia do ensaio temático.
Dois dias antes do casamento, ocorrido em 27 de abril deste ano, Elisvânia e Luiz Alberto posaram para as fotos, tendo o caminhão de coleta de lixo como parte do cenário. Além disso, ela estava de vestido branco, enquanto ele revezou o tradicional terno do noivo com o uniforme que usa todos os dias, na coleta do lixo.
“Ela falou da gente tirar as fotos no fundo do caminhão [da coleta de lixo]. Eu pedi ao coordenador da empresa e ele deu ok”, comentou o motorista, em entrevista ao G1. De acordo com Elisvânia, ela obteve a ideia enquanto olhava inspiração de fotografias. Contudo, disse que jamais tinha visto ninguém fazer as fotos do ensaio de casamento dessa maneira e resolveu inovar.
“Eu nunca tinha visto nada parecido. Até o próprio fotógrafo falou que o resultado ficou muito bom”, disse. A baiana conta, inclusive, que as fotos inusitadas tiveram repercussão positiva entre os amigos e a família. “A repercussão foi muito grande, todo mundo amou, achou diferente. O meu pai mesmo comentou que só faltaram três garis atrás para segurar a cauda”, disse, em tom de brincadeira.
Casamento em meio à pandemia
O casamento civil do casal foi realizado no dia 27 de abril, em meio à pandemia da Covid-19. A data, coincidentemente, é o dia do aniversário do motorista. “A gente tinha agendado para uns dois meses antes, só que no dia uma testemunha chegou atrasada, aí a gente perdeu. Teve que remarcar e, para a nossa surpresa, a data caiu no dia do meu aniversário”, explicou o motorista.
Por causa da pandemia, o casal decidiu celebrar a união apenas com um bolo e a presença dos pais. “Devido ao momento, não teve festa, não. Só foram nossos pais mesmo, teve um bolo, uma oração e a oficialização do casamento”, ressaltou Luiz. Eles já moram juntos há cerca de três anos e sempre tiveram o desejo de regularizar a união. “Ano passado a gente formalizou essa ideia de casar. No início do ano demos entrada nos papéis e coincidiu de casar nesse período da pandemia”, disse Elisvânia.
O casal se conhece desde a infância. Quando crianças, moravam na mesma rua e estudavam na mesma escola. Contudo, eles só começaram a ter mais proximidade em 2010 e começaram a namorar em 2014. “Ele ia lá para a frente de casa conversar e ‘mainha’ dava logo umas ‘carreiras’ nele. Eu era a caçula da casa, então quando ele chegava para conversar comigo, ela se arretava. Hoje é o genrinho do coração”, comentou Elisvânia. Jornal da Chapada com informações de G1 Bahia