A largada para a colheita da safra 2021 de abacaxi pérola já foi dada por agricultores familiares da Cooperativa dos Produtores de Abacaxi de Itaberaba (Coopaita), portal de entrada da Chapada Diamantina. E a expectativa é que seja a maior dos últimos cinco anos.
No ano passado, foram 2,9 milhões de plantas induzidas, que receberam tratamento de indução floral. Neste ano, foram 3,5 milhões, com previsão de colher 80% desse volume para comércio in natura. Um aumento de 15% na produção.
O resultado da colheita promissora vem do serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater) prestada aos agricultores ligados à cooperativa pelo ‘Bahia Produtiva’, projeto do Governo do Estado. O projeto está investindo R$2 milhões na Coopaita.
Por meio da Ater, foram realizadas melhorias na uniformização do manejo da cultura, como análise de solo, calagem e adubação, até o fim do ciclo de produção, quando ocorre a colheita. É feita uma avaliação qualitativa e quantitativa dos frutos a serem comercializados, além do manejo de pragas e doenças. Isso fez com que diminuíssem as perdas pela fusariose, doença fúngica.
A engenheira agrônoma e Ater da Coopaita, Evanéia Carvalho, explica que os agricultores familiares cooperados iniciaram a colheita da safra em maio: “Esse volume estará aumentando mês a mês, sendo o pico da safra nos meses de agosto, setembro e outubro. O período de colheita finaliza no início de dezembro de 2021”.
Os recursos, além de Ater, são direcionados na profissionalização da gestão e da base produtiva e na ampliação e modernização da unidade de beneficiamento para desidratação do abacaxi que está em fase de conclusão e será entregue neste segundo semestre de 2021, gerando um aumento de 50% no faturamento, no primeiro ano após a implantação. Em 2020, a receita da Coopaita fechou em R$2,7 milhões.
A Coopaita beneficia mais de 300 mil quilos de frutas, como jaca e banana, mas o carro-chefe é o abacaxi, com a produção de frutas desidratadas em embalagens de 100 e 250 gramas e também de 1 quilo. A matéria-prima utilizada vem das propriedades de 115 famílias de agricultores familiares associadas à cooperativa.
Para o presidente da Coopaita, Aderval Queiroz, o investimento do Governo do Estado na reforma e a ampliação vai dar capacidade de absorver mais frutas dos cooperados: “Vai triplicar a capacidade de estoque, onde poderemos aumentar a produção inserindo outras frutas e novos produtos. Além disso, teremos uma nova linha de produção de liofilizados, modelo de desidratação de frutas mais moderno que agrega mais valor a essa produção agrícola, aumentando assim a renda dos cooperados”.
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Banco Mundial. As informações são de assessoria.