Nós últimos meses, o voto impresso se tornou uma das principais bandeiras do bolsonarismo. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e, para o presidente nacional do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, é uma afronta à democracia, uma vez que questiona o sistema eleitoral brasileiro, um dos mais modernos do mundo.
“Não é porque o presidente tem uma ideia absolutamente incorreta em relação a esse assunto que nós vamos poder permitir uma situação de regressão tão pesada como essa”, pontua o político.
Para ACM Neto, não há motivos claros e plausíveis para aposentar a urna eletrônica. “Inacreditável! Porque se tem uma coisa no Brasil que funciona bem e dá certo é o sistema eleitoral e vai mexer nisso que está dando certo? Não tem sentido nenhum”, afirma o democrata.
Para barrar essa proposta no Congresso, o DEM, junto com 10 partidos, fechou acordo contra o voto impresso. “Claro que a partir de agora é preciso trabalhar as bancadas, porque tem de fato muita gente que defende essa tese de voto impresso, mas, com os presidentes dos partidos você já têm uma posição política e que, com certeza, segura essa coisa lá no Congresso”, explica ACM Neto.
O acordo se deu por meio de um encontro virtual do qual participaram os líderes nacionais do PSDB, MDB, PP, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD e Avante.
Neto também destacou os possíveis riscos para o sistema eleitoral do país, caso o voto impresso seja aprovado. “Imagine o que vai acontecer no Brasil com essa possibilidade de auditoria da urna? Todas as eleições vão ser questionadas. Quem perder vai questionar ai você vai ter que passar por um processo de recontagem, vai que dê um voto de diferença, e aí?”, questiona. A redação é do Portal Muita Informação.