A Polícia Civil suspeita que uma carta encontrada com Lázaro Barbosa, no dia em que ele foi pego em Águas Lindas (GO), que descreve momentos de um crime no qual a pessoa reagiu, pode se referir à chacina na fazenda da família Vidal, em Ceilândia, onde uma das vítimas informou aos parentes sobre a invasão do criminoso.
“O cara tava armado e, antes de eu conseguir enquadrar a vítima, ainda conseguiu avisar uma pessoa, que quando eu vi já foi só os tiros (sic)”, pontuou na carta.
Ainda na carta, encontrada no bolso do casaco de Lázaro, há a seguinte informação: “Já tive dois confrontos […]. Tô zerado de munição”, escreveu ele. Em seguida, ofereceu dinheiro pelo apoio: “Pra pegar pra mim, eu vou te adiantar 500 reais”. Com o criminoso também estavam R$ 4 mil em dinheiro, que os investigadores tentam identificar quem deu.
Lázaro morreu em confronto com a polícia no dia 28 de junho, no 20º dia de buscas, que contavam com mais de 200 agentes policiais. Segundo a delegada da Polícia Civil de Goiás, Rafaela Azzi, o fazendeiro, Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, preso por possível apoio na fuga do criminoso, pode ter sido o mandante da chacina no Distrito Federal.
“Considerando que havia um laço anterior, que Lázaro já era conhecido pelo proprietário e na entrevista o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha, realmente, usado Lázaro para cobrar a dívida e, não recebendo, matar aquelas pessoas”, comentou a delegada.
Chacina
Na chacina no Distrito Federal, Lázaro matou em 9 de junho o empresário Cláudio Vidal, de 48 anos, e os dois filhos dele, Gustavo Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Vidal, de 15, na chácara da família, a facadas e tiros. Sequestrada, a esposa de Cláudio e mãe dos jovens, Cleonice Marques, de 43 anos, foi encontrada morta três dias depois. Jornal da Chapada com informações de G1.