O secretário-especial de Cultura do governo federal, Mário Frias, informou na última segunda-feira (12) que a cultura será tirada do palanque político, em uma indireta sobre o financiamento para o Festival de Jazz do Capão, em Palmeiras, na Chapada Diamantina, ter sido negado, após uma publicação no qual o evento se posicionou como “antifascista” e “pela democracia” no ano de 2020.
O ex-ator de Malhação sugeriu que o festival versa sobre o “combate a um fascismo imaginário”. “É inacreditável que estejamos discutindo os motivos de não se autorizar verba pública da Cultura para um evento que se propõe a falar sobre política, num combate a um fascismo imaginário”, destacou no Twitter.
Ele emendou afirmando que as verbas da cultura não podem ser desviadas para outras atividades alheias à cultura. Ainda em sua visão, o país viveu durante décadas sob um “aparelhamento ideológico dos mecanismos públicos da cultura”.
É inacreditável que estejamos discutindo os motivos de não se autorizar verba pública da Cultura para um evento que se propõe a falar sobre política, num combate a um fascismo imaginário.
— MarioFrias (@mfriasoficial) July 12, 2021
“Já disse inúmeras vezes, nós iremos tirar a cultura do palanque político e vamos devolver para o homem comum. Chega de a usarem para seus projetos partidários”, pontuou.
Para a reprovação da capacitação de lei de incentivo, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) alegou “desvio de objeto, risco à malversação do recurso público incentivado com propositura de indevido uso do mesmo”. A organização desde a sua criação em 2010 nunca tinha obtido o financiamento negado.
Os organizadores do evento, contudo, informaram que a publicação não fez parte de divulgação oficial de suas atividades. “Ela não ataca governos, instituições nem pessoas, pelo contrário diz em sua descrição que não podemos aceitar o fascismo, o racismo e nenhuma forma de opressão e preconceito”, pontuaram. Jornal da Chapada com informações de Bahia Notícias.
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