A inflação, que acumula alta de 8,99% nos últimos 12 meses, e os quase 15 milhões de desempregados na crise econômica que avança sobre o Brasil entraram definitivamente na pauta eleitoreira de Jair Bolsonaro (Sem partido), que vê a rejeição subir na mesma proporção dos ajustes de preços de ítens básicos, como a gasolina e o gás de cozinha.
Após culpar Dilma Rousseff (PT) pelos aumentos consecutivos da gasolina, frutos da paridade preço com o mercado internacional, Bolsonaro culpou governadores e a mídia pelo disparo da inflação.
“Sabemos que a inflação está batendo na porta de vocês. Mas, lá atrás, grande parte dos governadores e da nossa mídia querida disseram que deveríamos respeitar aquela máxima: ‘fique em casa que a economia a gente vê depois’. A economia está batendo na porta de todos nós agora”, disse Bolsonaro durante discurso em Manaus, onde entregou moradias.
Na declaração, o presidente voltou a mentir, dizendo que foi “alijado” das decisões sobre a pandemia, e voltou a se autocreditar a criação do auxílio emergencial, uma decisão tomada pelo Congresso Nacional.
“Hoje muitos reclamam do preço do botijão de gás, na casa dos R$130. Realmente, é um absurdo. Mas, dizer a vocês que o botijão de gás custa na origem R$45 e o governo federal simplesmente zerou o imposto federal para o gás de cozinha”, emendou Bolsonaro, ignorando o fato do gás ser uma commodity e a promessa de campanha, quando Paulo Guedes prometeu que o preço do botijão de gás chegaria a R$35. A redação é do site da Revista Fórum.