As possíveis pretensões de Sergio Moro de disputar as eleições presidenciais de 2022 estão seriamente ameaçadas. A deputada Margarete Coelho (PP-PI), autora da proposta do novo Código Eleitoral, incluiu, de última hora, um dispositivo que impede o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro de participar do pleito.
A redação final do texto, que foi protocolado nesta quarta-feira (25), na Câmara, proíbe a candidatura de juízes, policiais e promotores que tenham se afastado do cargo há menos do que cinco anos. O texto necessita, ainda, ser aprovado por deputados e senadores, de acordo com informações da Veja.
O ex-juiz Moro, considerado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos casos envolvendo o ex-presidente Lula, pediu exoneração do cargo de juiz federal em novembro de 2018 para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Pelo prazo fixado pelo novo Código Eleitoral, a “quarentena” do ex-juiz da Lava Jato termina somente em 2023, o que o deixaria de fora das próximas eleições. Conforme pessoas próximas a Margarete, o veto foi uma reivindicação de partidos de centro.
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No final de julho, surgiu a informação que Moro estava reunindo em torno de si um grupo de apoiadores que pode ser comparado aos bolsonaristas que frequentam diariamente o cercadinho do Palácio da Alvorada.
Segundo a Veja, um grupo desses apoiadores procurou o PRTB para “uma nova e surpreendente alternativa para a chamada terceira via presidencial em 2022”: lançar a chapa “Moro-Mourão”.
De acordo com a revista, Moro ficaria com a cabeça de chapa e manteria o militar como vice na disputa contra o próprio governo do qual faz parte atualmente. A redação é do site da Revista Fórum.