Minimizado pelo ministro Paulo Guedes, o aumento do preço da energia juntamente com os reajustes recorrentes da gasolina provocaram uma explosão do índice da inflação, que já supera os dois dígitos em quatro capitais e está à léguas de distância da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) neste ano, de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixa.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (25) mostram que a alta de preços chegou a 9,3% no acumulado dos últimos 12 meses, após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15 (IPCA-15) de agosto ficar em 0,89%, maior variação para um mês de agosto desde 2002.
Curitiba, no Paraná, registra o maior aumento de preços nos últimos 12 meses, com inflação de 11,43%. A alta foi impulsionada justamente pelo aumento de 26,19% na conta de luz da concessionária local – além do aumento de 52% do valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2, autorizada pelo governo Jair Bolsonaro.
Segunda capital a acumular maior inflação – de 11,37% – nos últimos 12 meses, Fortaleza sofre com o aumento dos preços da gasolina, que em julho já ultrapassa os R$ 6,20 o litro.
A gasolina comprada em um posto da capital cearense ficou, em média, 37,47% mais cara nos últimos 12 meses até agosto, segundo o IBGE. O óleo diesel ficou 31,89% mais caro. Já o gás veicular subiu menos, 18,55% acumulado de julho de 2020 a agosto deste ano.
Completam a lista de capitais com inflação na casa dos dois dígitos Porto Alegre, com alta acumulada de 10,37% e Goiânia, com 10,67%. Recife (9,88%) e Belém (9,85%) também estão acima da média nacional. A redação é do site da Revista Fórum.