Os brigadistas voluntários da Chapada Diamantina estão relatando a falta de equipamentos para atuar no combate dos incêndios florestais da região. Esta reclamação é constante pelos brigadistas, que enfrentam dificuldades nas condições de trabalho, sem obterem retorno do poder público.
Segundo Edivaldo Miranda, o chefe da brigada ‘Os Guerreiros’, de Barra da Estiva, os brigadistas lidam com a falta dos EPIs e quando recebem os equipamentos, eles são entregues pela metade e/ou com nome de órgãos, os quais as brigadas não pertencem.
“Somos brigadistas voluntários, com amor à natureza, mas não estamos tendo materiais (…) não vamos deixar nossa Chapada queimar. Se vier o fogo, nós vamos deixar queimar, por não termos materiais”, explica o brigadista ao relatar que a qualquer momento um novo foco de incêndio pode surgir.
Facão, lanterna, contornos, macacões, abafadores, mochila costal e balacrava são alguns dos equipamentos necessários para a segurança dos brigadistas. Contudo, a falta destes EPIs está impactando no quesito econômico dos voluntários. “Os brigadistas voluntários têm que gastar dos seus bolsos para comprar”, diz.
“Fazemos tudo por amor à natureza e não temos nem resposta”, lamenta Edivaldo, que também cobra fiscalizações no Rio Paraguaçu, que tem sua nascente no Morro do Ouro, na Serra do Cocal, em Barra da Estiva, ao sul da Chapada Diamantina.
Jornal da Chapada