De acordo com resultados preliminares anunciados nesta sexta-feira (1º), o molnupiravir, remédio experimental contra a Covid-19, produzido pelo grupo farmacêutico Merck, ministrado por via oral, reduziu em cerca de 50% a chance de hospitalização ou morte para pacientes em risco de desenvolver formas graves da doença.
Há um problema, no entanto, que é o preço do medicamento. A companhia tem um contrato com o governo dos Estados Unidos para fornecer 1,7 milhão de pacotes do tratamento de molnupiravir a um preço de US$ 700 por paciente.
O médico infectologista Marcos Caseiro afirma que já existem algumas dessas drogas em fase adiantada de desenvolvimento, todas são excelentes, mas todas muito caras.
“Já existem várias dessas drogas antivirais. Tem outro da Pfizer que está em fase adiantada, inclusive nós fomos convidados pra fazer parte desse estudo. Vários delas devem ser lançados nos próximos meses”, destaca.
Caseiro diz ainda que “esses estudos diminuíram um pouco por conta da redução de pacientes, mas certamente, assim como a gente tem hoje o Tamiflu pra gripe, certamente teremos pra muito breve um remédio pro coronavírus”.
Sobre o molnupiravir, ele diz o medicamento é muito bom, sim. “E tem outros, de outros laboratórios, que são muito bons também, que reduzem mortes, tanto em uso preventivo quanto em uso terapêutico”.
A Merck e sua parceira Ridgeback Biotherapeutics planejam buscar autorização para uso de emergência da pílula nos Estados Unidos o mais rápido possível. Elas também vão submeter pedidos de licença às autoridades regulatórias de outros países.
Devido aos resultados positivos, o teste em fase três do remédio está sendo interrompido antes da data prevista, com base em recomendações de monitores externos. As informações são da Fórum e da Reuters.