Com tema ‘redução da desigualdade’, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra, nesta sexta-feira (10), o Dia dos Direitos Humanos. Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo está numa “encruzilhada” com pandemia, crise climática e a expansão das tecnologias digitais ameaçando os direitos humanos.
Para ele, a exclusão e a discriminação crescem em meio à diminuição da esfera pública. Guterres lembrou que a pobreza e a fome estão aumentando, pela primeira vez, em décadas e milhões de crianças estão perdendo o seu direito à educação.
Há 73 anos, em 1948, a Assembleia Geral adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os princípios estabelecidos no texto continuam a ser a chave para a realização de todos os direitos humanos, para todas as pessoas, em todos os lugares.
Para Guterres, a recuperação da pandemia deve ser uma oportunidade para expandir os direitos humanos e as liberdades e reconstruir a confiança na justiça e na imparcialidade das leis e das instituições. Ele reafirmou que as Nações Unidas defendem os direitos de cada membro da “família humana” e que continuará a trabalhar pela justiça, igualdade, dignidade e direitos humanos para todos.
Também em mensagem sobre a data, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse que os dois últimos anos foram uma demonstração dolorosa do custo intolerável de desigualdades crescentes.
Ao lembrar a Declaração Universal, ela citou os diversos progressos vistos, com mais crianças indo às escolas e mais mulheres conquistando autonomia. Mas as crises dos últimos 20 anos vêm atrasando o ritmo do progresso. Ela também avaliou que a pandemia deixou efeitos arrasadores, aprofundando as diferenças, a começar pela distribuição de vacinas.
Bachelet citou a crise climática, que afeta milhões de pessoas e aumenta o número que migra em decorrência dos efeitos das mudanças no clima. Para ela, a igualdade está no centro dos direitos humanos e que é preciso abraçar toda diversidade e exigir o fim de qualquer tipo de discriminação. Pernambués Agora com informações do site da ONU.