Um homem de 52 anos, identificado como Keith Smith, morreu no último domingo (12), na Pensilvânia, após sua esposa ter conseguido, na Justiça, o direito de tratar o homem com ivermectina. Ele recebeu duas doses do medicamento antes da sua condição piorar e o médico interromper o tratamento. A morte ocorreu sete dias após a primeira dose do medicamento.
Ele foi diagnosticado com a Covid-19 em 10 de novembro e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital em coma induzido 11 dias depois. A esposa, Darla Smith, foi, segundo o jornal ‘The Independent’, incentivada por grupos conservadores, a buscar a na ivermectina a solução para a cura do companheiro.
Nos Estados Unidos, a droga, que é um medicamento antiparasitário, é proibida para o tratamento do coronavírus, em razão da ineficácia e riscos comprovados. A mulher, então, entrou com um processo judicial para que o hospital administrasse o medicamento em seu marido.
No dia 3 de dezembro, o juiz do Tribunal do Condado de York, Clyde Vedder, decidiu que não poderia obrigar o hospital a tratar o paciente com ivermectina, mas permitiu que Smith chamasse um médico independente para administrá-la.
Darla processou o hospital UPMC Memorial para tratar seu marido com ivermectina após saber de casos semelhantes nos Estados Unidos. Ela foi atendida pela Front Line COVID-19 Critical Care Alliance (FLCCC), grupo que promove o uso da droga no tratamento do coronavírus.
A droga não é aprovada pela ‘Food and Drug Administration’ (FDA, órgão semelhante à Anvisa no Brasil) porque não se mostrou promissora em ensaios pré-clínicos. A Organização Mundial da Saúde já havia informado em março deste ano que a eficácia do medicamento no tratamento da covid-19 permanecia sem comprovação. Jornal da Chapada com informações de O Globo.