Um homem anônimo de 30 anos compartilhou, durante uma participação no podcast americano How to Do It, sua história com as sequelas da Covid-19 e assustou muitos ouvintes. Ele afirma que o novo coronavírus deixou marcas duradouras em seu corpo, e uma delas foi que seu pênis encolheu 3,8 cm após o diagnóstico — os médicos o informaram que a diminuição não pode ser revertida.
De acordo com homem, antes seu pênis estava acima do tamanho médio. Entretanto, em julho de 2021, ele testou positivo para Covid-19, teve quadro grave da infecção, e foi vítima do chamado “Covid Dick” – termo escolhido por urologistas para se referir a diminuição do pênis após a doença.
“Meu pênis encolheu. Antes de ficar doente, eu estava acima da média, não enorme, mas definitivamente maior que o normal. Agora eu perdi cerca de 3,8 cm e me tornei decididamente menor que a média”, desabafa o homem no podcast.
Ele também alega ter sofrido disfunção erétil, mas o problema foi melhorando gradualmente com alguns cuidados médicos. Todavia, ele diz se sentir ainda muito frustrado. “Isso realmente não deveria importar, mas teve um impacto profundo na minha autoconfiança e em minhas habilidades na cama”, afirma.
Vasos sanguíneos danificados
Especialistas explicam que partículas do Sars-CoV-2 podem danificar vasos sanguíneos e permanecer no tecido peniano mesmo após a recuperação do paciente, contribuindo para possíveis problemas de disfunção erétil e redução do órgão genital.
Um estudo conduzido pela University College London, no Reino Unido, realizado com 3.400 pessoas descobriu que, de 203 pacientes que relatam sintomas duradouros da Covid-19, quase 5% dos homens sofreram uma diminuição no tamanho dos testículos/pênis. Os resultados foram publicados na revista científica EClinicalMedicine, do grupo The Lancet.
Ashley Winter, urologista em Portland, nos Estados Unidos, explicou que o encolhimento do pênis após a Covid-19 é um efeito dominó da disfunção erétil.
“É verdade que ter disfunção erétil leva ao encurtamento. A ereção depende diretamente do fluxo de sangue para o pênis, portanto as alterações que dificultam a circulação adequada para essa região podem causar essa disfunção”, explicou a médica no podcast.
A urologista esclarece que quando o coronavírus entra nas células endoteliais dos vasos sanguíneos encontrados no pênis, pode impedir o fluxo sanguíneo adequado. Isso impede que o órgão endureça com a mesma eficácia.
Winter também citou um estudo no qual cientistas encontraram partículas do vírus no pênis de dois homens que tiveram disfunção erétil depois de se recuperarem completamente da infecção. Ambos os homens tinham função erétil normal antes de contrair o coronavírus, de acordo com descobertas publicadas no World Journal of Men’s Health.
Há esperança?
O homem buscava conselhos para seu problema no podcast. Felizmente, os especialistas disseram que nem toda a esperança está perdida, uma vez que existem tratamentos para a disfunção erétil e seus efeitos colaterais.
O alongamento do pênis usando exercícios ou dispositivos é comumente usado como tratamento. Um exemplo é uma bomba de vácuo – um tubo que se encaixa sob o pênis e bombeia o ar, aumentando o fluxo sanguíneo no órgão. Especialistas sugerem que esses tipos de terapias sejam administrados para evitar danos duradouros.
Aceitar seu novo tamanho de pênis também foi outro conselho que o ouvinte recebeu. Durante o bate papo, a urologista tentou acalmá-lo dizendo que o comprimento do pênis não define ninguém. E, na grande maioria das vezes, a insatisfação com o tamanho do órgão é realmente pessoal e não motivada pelo parceiro. Redação do Metrópoles.