As estudantes Camila Andrade Almeida Santos e Mariana Queiroz Nogueira, do Colégio Estadual de Milagres, no município de Milagres, conquistaram o primeiro lugar na categoria “Energia e Sustentabilidade” na 9ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), realizada virtualmente, em dezembro passado, com o tema geral ‘Territórios educativos e suas experiências científicas’. As alunas da rede estadual foram premiadas com o trabalho ‘A tecnologia energética de biodigestores: transformando desperdício em benefício’.
Mariana explica que o projeto é a afirmação de que cidades pequenas, como Milagres, no interior baiano, também podem ter sua realidade revertida por meio da inovação científica. “Tem sido um prazer propor uma nova vertente acerca do entendimento de tecnologia e sustentabilidade para minha cidade por meio de instrumentos científicos acessíveis, como os biodigestores. O significado de termos sido premiadas vai além de títulos. Particularmente, discorrer sobre a importância dessa feira é provar empiricamente que o trabalho feito pelas minhas ancestrais está em um processo contínuo de desenvolvimento”.
Participar da FECIBA, completa Mariana, “é romper com estereótipos; é reafirmar, todos os dias, que de nada vale a vida sem ciência; é esclarecer as minhas metas de vida e dar ênfase a elas; é ratificar que o futuro é feminino”. A parceira de projeto, Camila, reforça: “Para mim, foi gratificante participar da 9° FECIBA e nosso projeto ter sido premiado. Nosso trabalho tem como importância e objetivo coletar restos de alimentos descartados na cantina central do nosso município para que haja a produção do biogás e seja distribuída para as famílias mais carentes, contribuindo para que haja uma diminuição na derrubada de árvores em nossa região”.
O professor orientador, Antônio Marcos de Jesus, fala da importância da iniciativa da Secretaria da Educação do Estado. “A realização da FECIBA é de fundamental importância no desenvolvimento de projetos que despertam nos estudantes o interesse pela pesquisa, desenvolvendo projetos a partir de suas vivências na própria comunidade, podendo, dessa forma, desenvolver projetos que venham beneficiar a todos. Além disso, a ação propicia a formação científica na Educação Básica, que é importante na formação de novos cientistas, pois um país sem pesquisadores não se desenvolve”. As informações são de assessoria.